terça-feira, 28 de novembro de 2017

                                 Memória e Experiência: historicidade

“Na contramão desta lógica, o sujeito da experiência é um arquipélago de subjetividades, um sujeito marcado pelas diferentes relações e posições que ocupa no mundo.” ( GENRO & CAREGNATO,                 , pg.9)






O objetivo deste relatório é demonstrar como foi desenvolvido o tema “Experiência”, sob a ótica proposta por Genro & Caregnato, em Educação na e para a diversidade: nexos necessários, capítulo I. As autoras afirmam que


”A experiência entendida, também, como memória é a nossa capacidade de restituir o passado, as suas marcas, para que possamos nos inserir num movimento de liberdade (historicidade), numa conduta significativa e seletiva que empenha a nossa responsabilidade social.” (GENRO & CAREGNATO,           , pg.8)



A turma na qual desenvolvi este trabalho está no 2º Ano do Ensino Fundamental, da qual sou professora titular. Os alunos e alunas tem idade média de 8 anos, no total são 19 estudantes e duas das alunas não estão alfabetizadas, portanto para o registro da atividade proposta, no caso delas, optei pelo registro através do desenho e da oralidade da atividade proposta, o restante registrou através da escrita.
O Ano referido faz parte do Ciclo de Alfabetização, portanto a exigência é que trabalhemos com repertório variado de diferentes gêneros textuais, dentre estes,  o trava-língua. Durante o desenvolvimento da apresentação e incentivo para que declamassem com atenção os diferentes textos apresentados a algaravia tomou conta da turma e o resultado foi excelente, pois demonstraram prazer e interesse pelo exercício.
Aproveitando o ânimo que atestava interesse em continuar a atividade, propus que fizessem uma pesquisa com familiares de outros textos do gênero trava-língua para que pudéssemos ter mais variações daquele.
Esta estratégia de pesquisa de diferentes assuntos com familiares é recorrente nos planejamentos diários, pois a memória capacita o indivíduo para que ele possa perceber-se parte de um grupo e deste adentrar outros espaços.
De acordo com Genro & Caregnato, “Larrosa (2002) considera este movimento como acontecimento que nos sensibiliza, nos marca e nos possibilita pensar nossas múltiplas relações.” (GENRO & CAREGNATO apud LARROSA,            ,pg. 9)
Ao retornar com os textos solicitados, os estudantes demonstraram alegria e disposição para a apresentação e a proposta para a mesma foi que sentássemos em uma roda, no chão, sobre colchonetes e cada um e cada uma deveria recitar de memória o trava-língua pesquisado. Alguns assim procederam, outros leram.
O relato que as crianças fizeram à respeito da recepção oferecida à demanda, por parte dos familiares foi riquíssimo, pois ao relembrarem dos textos solicitados (trava-línguas), as avós, avôs, mães e pais contaram histórias do tempo de escola e  memórias familiares.
A conclusão à respeito do trabalho desenvolvido é que os indivíduos se interessam por rememorar a partir do lúdico, como no caso relatado acima e que é possível encurtar o tempo a ponto de localizar no presente memórias do passado e estas serem o fio condutor para outros diálogos que estabelecem pertencimento.

Referência:
CAREGNATO. Célia Elizabete. GENRO. Maria Elly Herz.  Educação na e para a diversidade: nexos necessários. Cp. I Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2199291/mod_resource/content/1/Genro%20e%20Caregnato_%20Educac%CC%A7a%CC%83o%20na%20e%20para%20a%20diversidade.pdf Acesso: 17/11/2017



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