domingo, 1 de maio de 2016





                      Colorindo a realidade

Com o propósito de elencar tópicos relevantes, sob a ótica docente, do texto “NasTramas da Literatura Infantil: Olhares sobre Personagens Diferentes de Rosa Mª Hessel Silveira, tracei algumas linhas.
Indiscutivelmente, a escolha de títulos capazes de subsidiar provocações necessárias, pertinentes e generosas sobre o tema diversidade humana, definida no texto como “diferenças” é difícil, pois a autoria sugere que ao ser criado um ambiente no qual será incluída a trama, o sujeito autor marcará o texto a partir do lugar do qual compreende o mundo.
É provável que os lugares diversos dos quais o autor e o docente analisem o tema acima referido apresente dificuldades para o último no momento em que necessitar escolher um livro adequado à demanda.
Por conseguinte, elencar tópicos do texto indicado pela Interdisciplina Literatura Infanto Juvenil e Aprendizagem que tem como professora titular Ivany Souza Ávila, suscita compreensão do que pode vir a ser um balizador nas escolhas.
Por exemplo, quando a autora cita Ligia Assumpção  Amaral (2002) que  ao analisar um personagem com deficiência, utilizou três eixos básicos, quais sejam, gênese da deficiência, status do personagem e desfecho da história, está a nos indicar por qual prisma podemos averiguar um livro a ser apresentado para os estudantes.
A saber, quando se refere ao status Amaral (2002) propõe que analisemos se o personagem recebeu adjetivos outros para além da diferença que o define em primeiro plano.
Igualmente na página sete, Rosa Mª apresenta duas obras que ilustram de maneira diversa o “diferente” cego. São elas: “ O menino que Via com as Mãos” e “ A Gaivota que não Podia Ver”. No primeiro há claramente adjetivação que ressalta a potencialidade do cego ao apresentar o personagem sorrindo, tocando objetos e seres. Já no segundo livro, a gaivota é apresentada como incapaz desde o título e por toda a obra.
Outro tópico interessante é a citação do prefácio da obra “Ímpar”. Segundo o autor



Um dia eu fiquei conversando com um garoto que começou a me contar como a vida dele tinha mudado depois de um acidente de carro.
Ele me contou como era antes, como ficou depois e tudo que ele falava me fazia sentir mais e mais parecido com ele. E foi daí que surgiu essa história.
 Ímpar é um livro diferente dos outros, como são diferentes os garotos e garotas que você vai conhecer lendo o livro.  (Silveira apud Cunha, 2002)




Embora os lugares sejam distintos, autor e docente podem concordar no que tange ao objetivo em construir “pontes” necessárias e imprescindíveis para que os estudantes possam compreender a diversidade humana a partir de situações que exemplifiquem o cotidiano possível e inescapável, não deixando de lado a imaginação, no qual as diferenças não excluam, mas possam colorir a realidade.

                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...