quinta-feira, 13 de abril de 2017

                                                     Pensar certo


“Pensar certo implica a existência de sujeitos que pensam mediados por objeto ou objetos sobre que incide o próprio pensar dos sujeitos.” (Paulo Freire, 2004, pg.37)

Sem dúvida alguma a tese defendida por Freire deve fazer parte do arcabouço que baliza todo e qualquer planejamento que vise à formação docente, pois aquela preconiza que pensar certo ou ainda ação-reflexão exige que haja dialogismo, que ao fim e ao cabo é a interação humana.
A comunicação defendida pelo teórico, na formação docente, leva em conta os atores todos, quais sejam, o aprendiz de educador e o professor formador. Conforme Freire,

 “...é fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro de poder, mas pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem de ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador.” (Paulo Freire, 2004, pg.38)


A práxis, exigência para que a curiosidade ingênua deixe de sê-la para tornar-se crítica, deve fazer parte do cotidiano de todos os envolvidos com a educação, seja a  formal tanto quanto a informal, aquela que praticamos enquanto seres fazedores de cultura, ou seja, seres humanos.

Referências:

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.







                    Fazer e pensar

 “... a reflexão é , no dizer do grande filósofo educacional americano John Dewey (1933), uma forma especializada de pensar” (Alarcão, 1996, pg.3)

Indiscutivelmente, pensar é ação humana recorrente, porém pensar de forma especializada exige exercício, método e intenções.
No que diz respeito à “forma especializada de pensar”, Freire (1996) enfatiza que a reflexão é o movimento realizado entre o fazer e o pensar, portanto enquanto professores e alunos que somos estaremos sempre em atitude reflexiva, pois as interações resultantes do cotidiano de nossos ofícios exigem que atuemos a partir de um planejamento resultado daquelas e para àquelas.
Por exemplo, ao elaborarmos a escrita sobre leituras, debates e efetivo exercício em sala de aula, realizamos o movimento “fazer e pensar”, pois partimos de um ou de outro, ou seja, da ação ou da reflexão e o retorno a este binômio.
Portanto, a construção do blog portfólio é ação reflexiva e esta acarreta uma possibilidade de transformação de nossa prática educativa, tanto como professores tanto quanto alunos.

Referências: 
ALARCÃO, Isabel (Org). Formação reflexiva de professores, estratégias e supervisão. Editora Porto, 1996. (Coleção CIDIne).

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.










                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...