Experimentando para entender e aprender
A experiência realizada foi escolhida dentre as sugeridas em um site direcionado às crianças e este é resultado de um programa exibido e produzido pela Tv Cultura/SP.
http://cmais.com.br/x-tudo/experiencia/05/garrafaamassada.htm Acesso em: 25/10/2016
Experiência: garrafa amassada
Material:
- garrafa de plástico com tampa de rosca
- funil
- água quente
-recipiente com água em temperatura ambiente
Procedimento: colocar um pouco de água quente na garrafa e fechá-la e em seguida coloca-la no recipiente com água
A atividade foi apresentada oralmente aos alunos para que pudessem acompanhar as etapas com atenção, para tanto mostrei os materiais perguntando os nomes e em quais situações poderiam ser utilizados. Solicitei que observassem o formato da garrafa e provoquei:
- O que há dentro da garrafa?
- Nada professora!
- Tem sim, Idandiê! – Tem ar!
-Muito bem Maria Paula!
Em seguida a garrafa recebeu água quente, foi tampada e mergulhada no recipiente.
A primeira manifestação partiu da aluna que durante toda a experiência participou com muita atenção, vibração e elaboração de teses sobre o que estava observando, disse ela neste primeiro momento:
- Professora! O fundo da garrafa desapareceu!
A colega respondeu:
- Que nada Luíza! Tá ali!
- Sei que não, né! Mas parece porque a água de fora e de dentro tem a mesma cor.
- "Dãaaaaa"!! Disse Eduardo. – A água não tem cor é incolor.
Esse foi o diálogo inicial e deste momento em diante a turma começou a conversar sobre o que estava acontecendo e percebi que alguns alunos não se interessaram mais e deixaram de observar. Respeitei o momento deles e dos que estavam interessados, somente solicitei que permitissem que continuássemos com o trabalho sem que fôssemos perturbados com conversa em voz alta e fui atendida.
Segui as provocações para que aqueles que se interessaram pudessem aproveitar e perguntei:
- Aconteceu alguma mudança na garrafa ou no recipiente?
- Tem uma fumacinha na garrafa onde não tem água.
E não tinha antes? –perguntei.
-Não.
Tirei a garrafa da água e os que estavam observando começaram a falar o que estavam vendo:
- Olha! Ela mudou!
- A garrafa está com cintura.
- Está amassada!
- Mas o que houve? Está diferente de quando foi mergulhada? Perguntei.
- Tá professora. Quando entrou na água estava normal e agora está assim... com a cintura.
-Professora. Deixa eu falar.
-Fala Luiza.
-Olha professora. Eu não sei explicar.
-Explica do jeito que você pensou.
- Assim. A água que está fora empurrou a garrafa e água que está dentro também empurrou. Onde não tem água não teve nada de força e ali onde divide ficou marcado.
-É! Formou a cintura. Disse a Maria Paula
E seguimos mais um pouco para que pudessem falar sobre o que observaram.
Comentei que eles haviam elaborado uma tese importante sobre o “amassamento” da garrafa, qual seja, as forças existentes dentro e fora da garrafa.
Constatei o quanto é necessário fazer mais experiências em sala de aula para que aqueles que se desinteressaram possam ter oportunidade de observar, pois certamente mudando o estímulo outros despertarão o interesse.
Também foi possível entender como as crianças são influenciadas umas pelas outras ainda e o quanto precisamos intervir para que busquem suas explicações sobre os fatos.