domingo, 27 de novembro de 2016

Apresentação
Iniciei a  carreira de professora dos Anos Iniciais logo que concluí a formação no curso de Magistério em 1982 e permaneci como tal até o ano de 1989, quando ocorreu o nascimento da primeira filha.
Durante alguns anos tive de adiar o retorno à função e o retorno ocorreu em 2014. Portanto, tenho de efetivo exercício 9 anos.
Quando iniciei trabalhei com as turmas de 2º ao 4º ano e atualmente permaneço nesta faixa, ou seja, 3º Ano que encerra o Ciclo de Alfabetização. 
A turma tem entre 8 e 11 anos, sendo que estes com idades entre 10 e 11 anos são repetentes há mais dois anos no mesmo ano. 
Sempre um desafio trabalhar no 3º Ano dos Anos Iniciais, pois exige um trabalho consistente para que @s alun@s possam progredir com autonomia e competentes para frequentar o 4º Ano.

Relato de Experiência
Há um jogo que proponho sempre que possível, pois aquele auxilia no cálculo mental e no desenvolvimento da autonomia, respeito e cooperação.
O jogo faz parte do compêndio produzido pelo MEC, para o PNAIC/2014.
Jogo: Para ou Arrisca? II
Material: 
- 2 dados comuns
- 1 folha de papel branco
-1 lápis preto
Participantes: 4 participantes
Regras:
- Cada jogador, na sua vez, lança os dois dados simultaneamente, registrado no papel a soma obtido. Após o primeiro lançamento, o jogador registra a soma dos dois dados e decide a se quer jogar mais vezes. Se optar por jogar novamente, deve estar atento para as seguintes situações:
* se sair números cuja soma é um número ímpar adiciona-se a soma ao valor anterior e pode continuar jogando se quiser, ou, se não quiser, passa a vez para o próximo jogador; 
* se sair o número 1 em um dos dados perdem-se os pontos daquela rodada e passa a vez;
* se sair o número 1 em ambos os dados ganha-se um bônus de 30 pontos.
* ganha o jogo quem primeiro atingir 120 pontos.







“Na briga do rochedo com o mar, quem leva a pior é o marisco.”

Aforismo que representa muito bem aquilo que percebemos/vivenciamos no cotidiano das instituições educacionais.
O rochedo são as leis, diretrizes, currículos e outros que de uma maneira geral engessam possibilidades de experimentações, pesquisas, observações, teses e o mar é todo manancial que “brota” das interações.

Entre o mar e o rochedo estão os(a) estudantes e os(a) professores(a), que de  maneira poética “tornam-se  areia sobre a qual outros grãos se sobreporão.
          
                                                 

           Pedaço de Brasil

          Um pedacinho do Brasil, este costurado como uma colcha de retalhos de vários matizes, sonoridades e texturas.
          Amar não exime da crítica.
          Construir um país requer que tod@s estejam cientes de suas responsabilidades e direitos.
          Uma sonoridade deste Brasil bonito, charmoso e corajoso.
          Que pedaço vc gostaria que estivesse na colcha Brasil?
                                                             Pedagogia da pergunta

Perguntas. Curiosidade. Provocações. Respostas. Pedagogia.
Minha curiosidade está soterrada pela certeza em ser parte da natureza, não como os índios sentem, pois não alcanço a sabedoria deste lindo povo, mas assim me sinto, portanto se nascemos de uma explosão cósmica, se a Galáxia à qual pertencemos é  única ou não, são questões que não mexem com minha imaginação. Somos responsáveis por este planeta porque somos o próprio.
No entanto, para responder à provocação feita no Fórum Pedagogia da Pergunta da Interdisciplina Representação do mundo pelas Ciências Naturais, após a leitura do texto magnífico de Paulo Freire e Antonio Faundez  fiquei espreitando meus meninos, alunos do 3º Ano. Alguns deles que adoram Ciências e volta e meia surpreendo-me com aqueles olhos lindos e brilhantes, como se com febre estivessem, vem me "perfurar" de perguntas. Aproveitei uma conversa sobre Universo, Galáxias e sentei-me perto deles e fiquei por ali me nutrindo de infância.  Até que Lucas professa:
 - Um meteoro colidiu com a Terra e um pedaço dela virou a Lua. Assim surgiu a Lua.
Perguntei (lembrando as perguntas que teríamos que fazer por solicitação da atividade acima citada):
- Se a Lua é um pedacinho da Terra, quais as características comuns entre ela e a Lua?
 - Ela (a Lua) não tem magma, nem rocha...
-Não sei muito bem se é isso. Respondeu repleto de dúvidas.
Conforme Antonio Faundes apud Paulo Freire (1985), “o início do conhecimento é perguntar. E somente a partir de perguntas é que se deve sair em busca de respostas...” Partindo deste princípio, instiguei os alunos que estavam participando do diálogo travado a partir da tese do Lucas, a procurarem respostas às questões que ficaram em aberto depois que houve a desestabilização da ideia sobre a formação da Lua.
Enfim, perguntar para desestabilizar e oferecer oportunidade para que o estudante possa construir o seu conhecimento é imprescindível no processo que engloba aprendizado e ensino, ou seja, aprende-se ensinando e ensina-se aprendendo.

Referência:

                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...