quinta-feira, 31 de maio de 2018




O planejamento abaixo foi realizado após solicitação da Interdisciplina Didática, Planejamento e Avaliação para que formulássemos um roteiro para elaboração de Plano de Aula.

PLANO DE TRABALHO DOCENTE

Dados de Identificação:
Escola: Escola Pead
Professor (a):
Angela Nunes e Mara Barcellos
Disciplina:  Linguagem, Matemática 
Série: 2º
Turma:  20


1.     CONTEÚDOS:
·       Sequência numérica (até 20),
·       Adição e subtração;
·       Gênero textual: relatório.


2.     OBJETIVO GERAL:
Trabalhar e desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos, como também desenvolver o raciocínio lógico matemático e promover um ambiente de incentivo ao registro das atividades realizadas e dos aprendizados resultantes.

3.     OBJETIVOS ESPECÍFICOS (conceituais, atitudinais e procedimentais):
         Identificar os números;

        Compreender a sequência numérica;

         Realizar operações de adição e subtração por meio de jogos;

        Registrar atividades realizadas;

        Desenvolver o raciocínio lógico matemático

       Trabalhar a desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos.


4.     DESCRIÇÃO DE CADA UMA DAS ESTRATÉGIAS DE ENSINO
 *Utilizar diferentes estratégias para quantificar e comunicar quantidades de elementos de uma coleção, utilizando a linguagem oral, a notação numérica e/ou registros não convencionais, nas brincadeiras e em situações nas quais as crianças reconheçam sua necessidade: contagem oral, pareamento, estimativa e correspondência de agrupamentos;
*Comparar ou ordenar quantidades por contagem; pela formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica;
*Resolver e elaborar problemas aditivos envolvendo os significados de juntar e acrescentar quantidades, separar e retirar quantidades, comparar e completar quantidades, em situações de contexto familiar e utilizando o cálculo mental ou outras estratégias pessoais.
* Incentivar a escrita de um relatório que deve conter como foi o jogo (regras, dificuldades, êxitos)
* Construção dos tabuleiros e dados.


5.     RECURSOS NECESSÁRIOS
10 tabuleiros com numeração até 12 e 2 dados ( confeccionado em material reciclável)
24 tampinhas de garrafas Pet
200 tampinhas
Quadro verde
Giz
Blocos individuais (anotações dos cálculos)
Cadernos, lápis e borrachas.


6.     AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM (CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS)
A avaliação acontecerá com base nas atividades desenvolvidas diariamente, através de registros diários para cada aluno, de modo a poder acompanhar os avanços de cada um, com relação à identificação dos números, sequência numérica, operações que foram trabalhadas nessa aula. Dessa forma, é possível, analisar o rendimento dos alunos de modo a pensar nas soluções para que efetivamente eles aprendam. A observação será sobre as hipóteses dos alunos, verificando se as atividades feitas por eles expressam avanços ou dificuldades, pois estas ajudarão no processo de formação do aluno.


segunda-feira, 28 de maio de 2018


                    
               Escola Democrática X Autoritária

Com o propósito de criar condições para que a turma refletisse sobre modelos possíveis de escola, a Interdisciplina Seminário Integrador/VII indicou o vídeo Escola Democrática[i], que apresenta através de um curta-metragem, uma instituição que não oportuniza aos estudantes possibilidades para que eles possam criar alternativas aos padrões de interações ofertados pela escola tradicional, ou seja, a película apresenta um roteiro que choca o expectador, pois vai à contramão da democracia.
“O que caracteriza uma escola democrática?”[ii]
De acordo com Vitor Paro “[...] em essência, como fundamento de princípio, a democracia envolve a convivência entre os sujeitos que se afirmam como tais [...]”
Em Escola Democrática foi possível verificar que os alunos da escola em questão não têm oportunidade de fruírem momentos juntos aos pares sem que haja mediação dos professores daquela e estes não comungam da tese de que é necessário haver espaços e interações capazes de abarcar a diversidade inerente ao humano e suas consequências, que são ideias diversas, soluções diferentes daquelas elencadas pelo currículo, portanto os indivíduos em questão “não se afirmam como tais” (Paro)
Ainda Paro

“O mais importante da democracia na escola não se faz nesses colegiados (instâncias coletivas), [...] não se faz do professor com o diretor. O mais importante, aquilo que deve orientar tudo, senão não adianta administração nenhuma, é uma relação entre o educador e o educando que precisa necessariamente ser uma relação de respeito à subjetividade do aluno e o aluno como sujeito respeitando a subjetividade do professor.”[iii]


Pelo contrário, a gestão escolar na escola em questão é autoritária, não permitindo que haja respeito do professor pelas construções, ideias, soluções advindas dos discentes, portanto há uma linha ditatorial que rege o currículo, engessando o trabalho docente.
Em consequência da gestão autoritária, o trabalho dos professores no que tange ao planejamento é permeado por escolhas de estratégias de ensino que impedem a aprendizagem, impedindo que alunos e professores sejam “aprendizes-ensinantes” uns dos outros.
Conforme Becker

“esta pedagogia, legitimada pela epistemologia empirista, configura o próprio quadro da reprodução da ideologia; reprodução do autoritarismo, da coação, da heteronomia, da subserviência, do silêncio, da morte da crítica, da criatividade, da curiosidade. Nessa sala de aula, nada de novo acontece: velhas perguntas são respondidas com velhas respostas.” Becker,    ,p.3)

Enfim, o vídeo proporcionou boas reflexões sobre a escola que estamos construindo e as possibilidades de inferir para que aquela seja um espaço democrático.

Referências:
BECKER. Fernando. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Disponível em: file:///D:/User/Documents/Fernando%20Becker%20Modelos%20Pedag%C3%B3gicos%20e%20Epistemol%C3%B3gicos.pdf Acesso: 28/05/18
PARO. Vitor. Gestão Escolar 31 - O que caracteriza uma escola democrática? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pGG3Or2WhQ8&t=3s Acesso: 28/05/18



                
                 De acordo com a solicitação da tutora da Interdisciplina Linguagem e Educação, reescrevi o texto abaixo, inserindo ponderações e percepções à respeito do tema analisado.

                        Linguagem e conhecimento, elaboração contínua

Com o propósito de evidenciar as relações entre as teorias de Jean Piaget [i]e Lev Vygotsky[ii] quanto ao processo de conhecimento e aquisição da linguagem, dissertarei com base no texto[iii], no PPT e no vídeo[iv] indicados pela Interdisciplina Linguagem e Educação.
Sem dúvida alguma, há um ponto em comum quanto à elaboração das teses a respeito da aquisição da linguagem e o processo de conhecimento desenvolvidas por Piaget e Vygotsky, qual seja, as interações do sujeito no meio, junto aos seus pares impactam sobre o desenvolvimento das funções psicológicas superiores (percepção, memória, pensamento, atenção) e no desenvolvimento humano.
Fica evidente quando estamos em meio a atividades, de diferentes matizes, junto aos estudantes, que enquanto eles elaboram, se preocupam em contemplar o que é solicitado, mesmo que para tanto seja necessário recorrer aos comentários dos colegas referentes  ao ponto em questão. Muitas vezes, mudam de opinião ao escutar o que está sendo discutido, pois alguns elementos escapam ao repertório, portanto as funções psicológicas superiores estão em constante desenvolvimento no que se refere às interações possíveis e/ou ofertadas.
De acordo com Montoya (2006, p.121)

[...] Vygotsky destaca a coincidência de sua hipótese com a hipótese explicativa de Piaget daquela época, pois para ele o desenvolvimento da lógica na criança é uma função direta de sua fala socializada.
Basicamente, o desenvolvimento da fala interior depende de fatores externos: o desenvolvimento da lógica na criança, como os estudos de Piaget demonstram, é uma função direta de sua fala socializada. O crescimento intelectual da criança depende de seu domínio dos meios sociais do pensamento, isto é, da linguagem (Vygotsky, 1991 p.44).

Tanto Vygotsky quanto Piaget analisaram o desenvolvimento interno a partir das interações sociais do indivíduo no meio. Para Vyotsky, o plano interno é resultado da internalização resultante das ações no meio social, mediadas através da linguagem e conforme Montoya (2006, p. 124), Piaget defende que

 A evolução da ação do indivíduo depende da evolução das relações nas quais este se encontra inserido, e isso reciprocamente. Nessa evolução a ideia de socialização se encontra intimamente relacionada com a cooperação: socializar significa compartilhar noções e signos com uma comunidade de falantes e ao mesmo tempo distingui-los das próprias idiossincrasias e dos pontos de vista particulares.


Os sujeitos são ativos no processo de desenvolvimento humano, que contempla entre outros, aquisição da linguagem e elaboração do conhecimento, estes são passíveis de significação e ressignificação no decurso das interações, sendo notável a capacidade que os sujeitos tem para fazer associações entre situações vivenciadas com as relatadas e experienciadas pelos outros.

          De acordo com  Motoya (2006, p.126)

[...] para Piaget, a tese teórica maior para explicar a evolução do comportamento humano, incluídas a inteligência e a linguagem, é da continuidade com reconstrução das estruturas anteriormente adquiridas. Entretanto, isso não significa o abandono da necessária ação das relações sociais na formação do pensamento conceitual; pelo contrário, para ele, permanece a explicação da evolução do pensamento em função das interações sociais, como nas suas teses iniciais, mas na condição de permanecer garantida a atividade de processos internos e a continuidade, com reconstrução, de conquistas anteriormente alcançadas.


Da mesma forma, Vygotsky defende que o indivíduo não é passivo no que concerne à formação intelectual e na construção do conhecimento,
Diante disso, é importante considerar que para Piaget e Vygotsky as ações dos sujeitos são fundamentais para a aquisição da linguagem e no processo de conhecimento.

Referências:
MONTOYA. Adrián Oscar Dongo. Pensamento e Linguagem: percurso Piagetiano de investigação. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 119-127, jan./abr. 2006
____ibid., p. 124.
____ibid., p. 126.

                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...