segunda-feira, 19 de outubro de 2015


                                                             Mary e Max


     O animação em técnica Stop Motion, Mary & Max - Uma Amizade Diferente, do roteirista e diretor Adam Elliot (2009) é inusitado por trazer para o universo adulto uma história densa a partir do recurso até então destinado aos pequenos, qual seja, a técnica de produção de bonecos com massinha. E também inusitado por tratar de temas caros às crianças enquanto vão se inserindo no mundo adulto através de seus personagens Mary uma menina e Max já adulto.                   
 Eu sou diferente. Mas e este que está ao meu lado não é? O que serve de limite para que a sociedade tenha parâmetros fixos para aferir diferenças excludentes?
                                   Interações sociais carregadas de frustrações, traumas infantis, negligência regada à busca pela compreensão do mundo inóspito no qual estão mergulhados Mary e Max. Para não submergirem,  trocam cartas e estas atravessam o oceano repletas de tinta escura.
                                  O assombro vai nos guiando durante 92 minutos, por vezes pela resiliência de um, ora pelo pessimismo do outro e assim a história vai sendo tecida.
                                   Certamente quem assistir verá Mary e Max completamente diferentes daquela menina desajeitada e daquele menino gordo que nos convidaram a viajar da Austrália para Nova Iorque durante 20 anos. 






http://filosofia.uol.com.br/filosofia/ideologia-sabedoria/28/artigo210016-1.asp
                                 
     

domingo, 18 de outubro de 2015



                                        "Peço a todos com licença,

                               vamos liberar o pedaço.

           Felicidade assim desse tamanho, só com muito espaço!"  

                                                                                                Luis Tatit



      Ouvimos e muitas vezes nos escapam críticas ao espaço físico oferecido pelas escolas às atividades que nelas são desenvolvidas. 
       Muitas vezes trocamos de atividade porque chove ou porque o vento castiga. Não há área coberta.
       Os livros chegam para que as crianças possam desfrutar da palavra impressa no papel, hoje uma alternativa à palavra que a tecla ENTER faz desaparecer, Mas o que ocorre com frequência são os livros serem colocados em um canto que "sobrou" dentro da estrutura física da escola, pois o espaço destinado a eles não existe. A biblioteca com cheiros, texturas, gramaturas, caleidoscópios que encantam não pode ser montada pela ausência do espaço.
       Assim sendo, falta espaço nas escolas para que as crianças possam vivenciar alegrias que o espaço coletivo oferece. Aquele das trocas, combinações, invenções e boas risadas. 
       Urge olharmos a escola como uma das possibilidades de aprendizado. Aprender na feira, no teatro, na biblioteca pública, com as gentes do entorno. 
       Há alternativas ao modelo de escola que nega a existência de espaços para aprendizagem para além dos muros, alternativas que privilegiam as trocas entre os saberes engendrados no cotidiano e aqueles forjados ao longo da história.
       Há uma ferramenta interessante sendo fomentada pelos ministérios da Cultura, MinC e da Educação, MEC desde 2011, qual seja, a plataforma CulturaEduca. Nela as informações sobre os "territórios educativos", "espaços que reúnem agentes de procedências diversas - bibliotecas públicas, coletivos culturais, cinemas, teatros, associações de bairro, escolas de educação básica e universidades - como elementos de um processo educacional mais amplo e integrador."

                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...