Órgão Social
É inquestionável que o desenvolvimento humano depende das
interações sociais e ambientais e estas serão suporte para a evolução do cérebro.
De acordo com Restrepo,
“Não devemos esquecer,
como assinalou há vários anos Leontiev, que o cérebro é um autêntico órgão
social, necessitado de estímulos ambientais para seu desenvolvimento. Sem
matriz afetiva, o cérebro não pode alcançar seus mais altos picos na aventura
do conhecimento.”[i]
Portanto, é necessário compreender que o cérebro, órgão social,
vai sendo estimulado a partir da corporeidade, dos estímulos sensoriais e afetivos,
e a resultante destas formará o repertório sobre o qual o sujeito assentará os
esquemas que permitirão as trocas com o meio e o Outro e a elaboração das
respostas aos estímulos.
Ainda Restrepo, “se o cérebro é o órgão social por
excelência, é preciso reconhecer que os sentidos se constroem a partir da
vivência cultural, em permanente interação com o ambiente e a linguagem.”[ii]
A cultura é para o cérebro um dispositivo, aquela repleta de
informações, estímulos, desafios aos quais os sujeitos estarão expostos e
partindo desta exposição farão exercícios de reconhecimento e elaboração, fornecendo
ao órgão social possibilidades para que este se desenvolva plenamente.
Referências:
RESTREPO. L. C. O cérebro social. O direito à ternura.
Ed. Vozes. Disponível em https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2604786/mod_resource/content/1/O%20C%C3%A9rebro%20Social%20.pdf
Acesso em: 16/01/19
[i]https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2604786/mod_resource/content/1/O%20C%C3%A9rebro%20Social%20.pdf
[ii] https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2604786/mod_resource/content/1/O%20C%C3%A9rebro%20Social%20.pdf