sábado, 21 de maio de 2016



                                            


                                                      Fiar o tempo

Sem dúvida alguma a memória individual e coletiva é ferramenta de interação entre gerações. A parlenda A Velha a Fiar, sugerida pela Interdisciplina Música na Escola, é um exemplo de que podemos “juntar pontas” invisíveis e também desconhecidas ao assistirmos ou ouvirmos uma canção, conto e outros gêneros literários e populares junto aos ancestrais.
Apresentei para a turma, no formato de texto, a parlenda citada acima para exploração da leitura e diálogo. Desde então o encantamento foi geral, deles pelo inusitado oferecido pela trama e meu por vê-los interessados e felizes.

Durante uma semana exploramos o texto, assistimos aos vídeos disponíveis na internet e destes o que mais interessou foi o produzido e editado pelo programa Rá Tim Bum e interpretado pelo ator Arthur Kohl.
Na sequência começamos a cantar a melodia e toda a turma participou solicitando que cantássemos novamente. E seguimos cantando em momentos diferentes. Aproveitando o enredo e personagens, elaborei diferentes atividades que contemplaram a linguagem, atividades lúdicas e físicas, ciências da natureza, dobraduras.
Desde o início do trabalho com a parlenda, recebi notícias trazidas pelos estudantes de que muitos familiares lembravam-se de ter ouvido/cantado A Velha a Fiar e alguns daqueles emocionaram-se ao recordar a infância.
Concluo afirmando que a cultura popular deve ser resgatada pelo sistema de ensino para que possamos aproximar as gerações através do manancial produzido e mantido através do tempo.


                                                    
                                      
                                          



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