Fiar
o tempo
Sem dúvida alguma a memória individual e
coletiva é ferramenta de interação entre gerações. A parlenda A Velha a Fiar, sugerida
pela Interdisciplina Música na Escola, é um exemplo de que podemos “juntar
pontas” invisíveis e também desconhecidas ao assistirmos ou ouvirmos uma
canção, conto e outros gêneros literários e populares junto aos ancestrais.
Apresentei para a turma, no formato de texto,
a parlenda citada acima para exploração da leitura e diálogo. Desde então o
encantamento foi geral, deles pelo inusitado oferecido pela trama e meu por
vê-los interessados e felizes.
Durante uma semana exploramos o texto,
assistimos aos vídeos disponíveis na internet e destes o que mais interessou
foi o produzido e editado pelo programa Rá Tim Bum e interpretado
pelo ator Arthur Kohl.
Na sequência começamos a cantar a melodia e
toda a turma participou solicitando que cantássemos novamente. E seguimos cantando
em momentos diferentes. Aproveitando o enredo e personagens, elaborei
diferentes atividades que contemplaram a linguagem, atividades lúdicas e físicas,
ciências da natureza, dobraduras.
Desde o início do trabalho com a parlenda,
recebi notícias trazidas pelos estudantes de que muitos familiares lembravam-se
de ter ouvido/cantado A Velha a Fiar e alguns daqueles emocionaram-se ao
recordar a infância.
Concluo afirmando que a cultura popular deve
ser resgatada pelo sistema de ensino para que possamos aproximar as gerações
através do manancial produzido e mantido através do tempo.
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