Tempo
da alegria
Indiscutivelmente,
o professor continua refém do tempo previsto para cumprir o que o calendário
escolar e o planejamento restrito aos conteúdos determinam. A carga horária é o
único “tempo”, imperativo que obedece somente ao sinal que anuncia o término de
mais um dia letivo. Rotina que molda o devir de professores e alunos e a
consequência mais grave, dentre todas as outras, é o desinteresse.
Apesar
disso, há professores que propõem discussões, alternativas, leituras, outras
maneiras de vivenciar os “tempos
de aprendizagem e pedagógico independentemente do tempo de permanência que temos,
alunos e alunas, professores e professoras, na escola”.
Da
mesma forma, há alunos que desafiam a homogeneização imposta pela estrutura que
determina espaços e tempos. Aqueles não se adaptam ao cronograma que exclui
opiniões, espaços para experimentação, momentos de troca entre os pares e os
professores sem a mediação do planejamento.
Como
resultado há no interior das instituições e na sociedade um desconforto, pois as
vozes se fazem ouvir e estas não são ainda compreendidas. A linearidade não é a
tônica na pós-modernidade, portanto há que se acolher as diferenças e estas
exigem espaços e tempos adequados aos sujeitos, que tem como signo
preponderante a alteridade.
Afinal,
como disse Paulo Freire (1993, p.10), “o tempo que levamos dizendo que para
haver alegria na escola é preciso primeiro mudar radicalmente o mundo é o tempo
que perdemos para começar a inventar e a viver a alegria”.
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