Humanidade
generosa
Desde há muito tempo conheço a LIBRAS, pois
minha irmã é surda. Aprendi para me comunicar de maneira mais efetiva com ela,
mas com o tempo esta prática deixou de ser utilizada e esqueci.
A história da LIBRAS remonta ao Sec. XVII,
quando o abade L'Epée funda uma escola na França e o método gestual é
utilizado. Na esteira da história forjada pelo abade francês, chega ao Brasil
Eduardo Huet convidado pelo Imperador D. Pedro II para que aquele fundasse uma
escola para surdos na Capital do Império. Desde a fundação do Imperial Instituto
dos Surdos-Mudos, a língua de sinais praticada na escola francesa e a já
utilizada no Brasil foram utilizadas para o ensino, mesmo que estas tenham sido
proibidas pelo Congresso Internacional de Surdo-Mudez, ocorrido em Milão na
Itália no ano de 1880. Este conferiu o status de único meio de ensino e
consequentemente comunicação entre os portadores desta necessidade especial. Desde
há muito tempo esta situação deixou de ser imperativa e a LIBRAS passou a ser
considerada A língua oficial desta comunidade.
Ampliar os conhecimentos desta ferramenta de
comunicação é um desejo antigo que agora terei a oportunidade de realizar.
Penso que quanto mais ampliamos as possibilidades de comunicação, mais
aprofundamos nossa subjetividade, que sem sombra de dúvida é lapidada no
encontro com o Outro e estes são também aqueles que usam as mãos e o olhar para
dizer aquilo que são e pensam.
A conclusão que esta reflexão me propõe é a
de que forma poderei interagir com um estudante surdo, como farei a
intermediação deste com os ouvintes? A graduação, ao oferecer esta
Interdisciplina, nos invoca a sermos parte de uma comunidade abrangente, qual
seja, uma humanidade generosa que fala de maneiras distintas, mas de um mesmo
lugar e este é o ser.
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