sábado, 30 de abril de 2016




                         Reelaborar a realidade

Indiscutivelmente a leitura proporciona inúmeras possibilidades, entre elas a de alargar horizontes, fruição, imaginação.
Quando a leitura é oferecida pelo inusitado, como encontrar um livro há muito tempo lido e que momentaneamente vem ao encontro do estudo ou anseio, torna-se aquele uma ferramenta de fruição pelo prazer da surpresa e alarga horizontes, pois oferece novos olhares sobre um tema caro.
Pois foram a largueza e a fruição, as surpresas ao encontrar entre leituras já realizadas o livro Gramática da Fantasia, de Gianni Rodari (1982). Largueza porque oferece possibilidades de reflexão sobre a imaginação e esta “ manifesta-se nas brincadeiras dos animais: assim, manifestam-se ainda mais na vida infantil. A brincadeira, o jogo, não é uma simples recordação de impressões vividas; mas uma reelaboração criativa delas, um processo pelo qual a criança combina entre si os dados da experiência no sentido de construir uma nova realidade, correspondente às suas curiosidades e necessidades.” (Rodari, 1982 apud Vygotsky, 1972, p. 162)
Alargar horizontes é construir pontes. Se a fruição fizer parte desta empreitada, poderemos concluir que houve imaginação envolvida e a reelaboração é o resultado. Nada mais sério que brincar, pois para que ocorrra esta natural atividade humana, tem de ter havido imaginação e uma nova laitura de mundo.

Concluo afirmando depois desta despretensiosa apresentação de Rodari, que a leitura é fruição e possibilidades do novo, portanto brincar é um novo que “bebe” na curiosidade e na necessidade.

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