Fotografia e percursos
Indubitavelmente
os comprovantes de memória docente são as fotografias, pois estas registram
fatos elencados em um determinado momento e possibilitam o resgate das lembranças
registradas naqueles artefatos.
No
que se refere ao espaço escolar, os eventos escolhidos para terem o registro
fotográfico, geralmente tem como mote mostrar aos pais que a escola promove
atividades diversificadas para além das salas de aula, como também além- muros,
deixando de lado as atividades cotidianas, pois a princípio estas seguem um
mesmo padrão.
Entretanto,
o registro das atividades cotidianas poderiam auxiliar nas discussões sobre
metodologia, participação, aprendizagem coletiva e outros elementos fundamentais
quanto à qualidade no que se refere à construção do conhecimento.
Para exemplificar, ao trabalhar com o
tratamento da água, dentro do projeto “Ciclo da água natural e urbano”, no ano
de 2015, fotografei as diversas etapas do trabalho realizado com os alunos e
depois apresentei para o corpo docente na reunião pedagógica e nesta salientei
o quanto os alunos estavam envolvidos, felizes e satisfeitos. E estes sentimentos
estavam expressos em suas fisionomias.
Ao
mesmo tempo em que se deve fotografar o cotidiano com todas as nuances
possíveis, também registrar eventos especiais dentro do calendário nos auxiliam
como corpo docente, a elaborar uma linha do tempo e também analisar através das
fotografias como reagem as crianças diante de diferentes provocações.
Portanto,
fotografar e organizar um acervo para dele fazer uso tanto para rememorar,
quanto para aprender é possível e necessário no âmbito escolar, tanto quanto na
vida privada. De acordo com Felizardo; Samain (2007)
“Assim,
como a palavra fotografia, que do grego significa a “escrita da luz”, a palavra
memória também traz consigo traços de credibilidade, por evidenciar os fatos
como se parecem, por mostrar os caminhos da lembrança.” (FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne,
2007, p. 210)
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