quarta-feira, 31 de maio de 2017

Neoliberalismo
Teoria político-econômica cunhada nos anos 60/70 do século XX que preconiza a diminuição do tamanho do Estado, deixando este de promover políticas públicas que salvaguardam direitos sociais, pois estas geram muitas despesas e provocam crises financeiras. Para garantir a prestação dos serviços que o Estado deixará de oferecer, o mercado atenderá a demanda pelos serviços antes custeados pelos impostos, portanto o indivíduo deixará de ser cidadão e se tornará consumidor. 

                           
http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2013/08/a-superacao-do-neoliberalismo-no-brasil.html


Penso ser interessante ampliar o conhecimento deste conceito, pois estamos vivendo momentos de intensas mudanças na político-econômica brasileira e em outros países. Para tanto, escolhi um excerto de um artigo escrito sobre a teoria de David Harvey, geógrafo que se debruça sobre este tema e muitos outros.
“O neoliberalismo é em primeiro lugar uma teoria das práticas político-econômicas que propõe que o bem-estar humano pode ser melhor promovido liberando-se as liberdades e capacidades empreendedoras individuais no âmbito de uma estrutura institucional caracterizada por sólidos direitos a propriedade privada, livres mercados e livre comércio. O papel do Estado é criar e preservar uma estrutura institucional apropriada a essas práticas; o Estado tem de garantir, por exemplo, a qualidade e integridade do dinheiro. Deve também estabelecer as estruturas e funções militares, de defesa, da polícia e legais requeridas para garantir direitos de propriedade individuais e para assegurar, se necessário pela força, o funcionamento apropriado dos mercados. Além disso, se não existirem mercados (em áreas como a terra, a água, a instrução, o cuidado de saúde, a segurança social ou a poluição ambiental), estes deverão ser criados, se necessário pela ação do Estado. Mas o Estado não deve aventurar-se para além dessas tarefas. As intervenções do Estado nos mercados (uma vez criados) devem ser mantidas num nível mínimo, porque, de acordo com a teoria, o Estado possivelmente não possui informações suficientes para entender devidamente os sinais do mercado (preços) e porque poderosos grupos de interesse vão inevitavelmente distorcer e viciar as intervenções do Estado (particularmente nas democracias) em seu próprio benefício. ” 



Um comentário:

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