Fundamentos da gestão democrática
“ Democracia envolve a
convivência entre sujeitos que se afirmam como tal. “ Professor Vitor Henrique
Faro[i]
Indiscutivelmente a gestão democrática escolar tem como referencial a
convivência entre os sujeitos pertencentes à comunidade que orbitam em torno da
instituição e daquela derivam os fundamentos que darão sentido à instituição
escolar.
Ainda de acordo com o professor Faro[ii], os
fundamentos para que se efetive a gestão democrática escolar são: criar
condições para que o educando queira aprender (ação dialógica); respeito mútuo
pela subjetividade dos sujeitos, entre educador e educando; participação de
todos os envolvidos na aquisição da cultura e dos conhecimentos, através dos
Conselho escolar, Conselho de Classe, Reunião de Mães e Pais, Conselho de
Pais/Mães e Professores, Assembleias Gerais e outros.
Contudo, é importante salientar que a Gestão Democrática do Ensino Público
se torna um princípio constitucional somente em 1988 e somente em 1996, após
muitas modificações, foi incluída na LDB-Lei 9.394 (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional)[iii]
Porém, ainda há escolas públicas que não conseguiram implementar a gestão
democrática, dentre elas a instituição na qual leciono.
De fato, há um abismo entre os fundamentos preconizados acima e a gestão
da escola onde trabalho, porém afirmo que há intenção de parte da equipe
administrativo-pedagógica de apoiar o trabalho em sala de aula, mas os equívocos
ocorrem quando não há circularidade das intenções, ações, proposições, ou seja,
ficam entre o educador e a equipe e este é o limite.
Portanto, não há incentivo à convivência entre os sujeitos pertencentes à
comunidade escolar e os canais de comunicação se tornam estanques impactando na
qualidade das interações e a consequência inevitável diante deste quadro é a “criança
não querer” aprender.
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