Tessituras Fabulísticas
Indubitavelmente,
se estivermos dispostos a aprender e apreender, toda e qualquer situação será
oportunidade para aprofundarmos ou iniciarmos uma lição. O cunho desta poderá
ser científico, estético, literário, criativo ou todos reunidos.
A
indicação de leitura e estudo do texto que trata sobre Fábula, escrito e
defendido por Luís Camargo, feito pela professora Ivany Souza Ávila se apresentou riquíssimo. De linguagem
coloquial, repleto de exemplos de adaptações de fábulas tradicionais,
atividades e provocações, o texto vai apresentando de forma clara e concisa os
elementos necessários para que todo aquele que quiser adaptar, planejar ou simplesmente conhecer o gênero.
Por
exemplo, quando Luís Camargo discorre sobre a história da nomenclatura “esópica”,
fábula esópica. Explica o autor que este termo foi cunhado em homenagem à
Esopo, com a intenção de homenageá-lo pela dedicação ao gênero e a maestria com a qual
trabalhava cada fábula.
Conforme
CAMARGO (2005) apud DEZOTTI (2003)
O
que realmente Esopo contou e escreveu? Não sabemos. Mas isso não tem importância.
O que importa é que “fábula de Esopo” ou “fábula esópica” é um tipo de texto de
origem provavelmente oriental, que se desenvolveu na Grécia, passou ao mundo
latino e depois às línguas neolatinas. Fedro (15 a.C.), La Fontaine (16211695),
Monteiro Lobato (1882-1948) e Millôr Fernandes (1924) são herdeiros e
recriadores dessa tradição. (CAMARGO, 2005, p. 17)
Outra
importante contribuição nos oferece Luís Camargo, qual seja, a de que fábulas podem sugerir interpretações diversas,
e que podemos ao planejar uma sequência de atividades, suprimir a moral, se
esta estiver explícita, para que os alunos possam ser instigados para construir
suas próprias teses à respeito, proporcionando situações para que aqueles
aprendam argumentar, contra argumentar, ouvir argumentações.
Portanto,
a tessitura na qual estão inseridas as ações aprender, apreender,
oportunizar(se) é vasta, aberta e sugere que somos convidados `a reflexão/(re)ação
constantes, assim como Esopo deve ter construído o manancial que até hoje
inunda nossas mentes e corações.
Referências:
CAMARGO,
Luís. A narrativa na literatura de crianças e jovens. Boletim
21. Out 2005. Disponível em: http://cdnbi.tvescola.org.br/resources/VMSResources/contents/document/publicationsSeries/133321Anarrativa.pdf
Acesso em: 07/07/2016
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