quinta-feira, 7 de julho de 2016



                                                                         


 Tessituras Fabulísticas                                               

Indubitavelmente, se estivermos dispostos a aprender e apreender, toda e qualquer situação será oportunidade para aprofundarmos ou iniciarmos uma lição. O cunho desta poderá ser científico, estético, literário, criativo ou todos reunidos.
A indicação de leitura e estudo do texto que trata sobre Fábula, escrito e defendido por Luís Camargo, feito pela professora Ivany Souza Ávila  se apresentou riquíssimo. De linguagem coloquial, repleto de exemplos de adaptações de fábulas tradicionais, atividades e provocações, o texto vai apresentando de forma clara e concisa os elementos necessários para que todo aquele que quiser adaptar, planejar  ou simplesmente conhecer o gênero.
Por exemplo, quando Luís Camargo discorre sobre a história da nomenclatura “esópica”, fábula esópica. Explica o autor que este termo foi cunhado em homenagem à Esopo, com a intenção de homenageá-lo pela  dedicação ao gênero e a maestria com a qual trabalhava cada fábula.


Conforme CAMARGO (2005) apud DEZOTTI (2003)
O que realmente Esopo contou e escreveu? Não sabemos. Mas isso não tem importância. O que importa é que “fábula de Esopo” ou “fábula esópica” é um tipo de texto de origem provavelmente oriental, que se desenvolveu na Grécia, passou ao mundo latino e depois às línguas neolatinas. Fedro (15 a.C.), La Fontaine (16211695), Monteiro Lobato (1882-1948) e Millôr Fernandes (1924) são herdeiros e recriadores dessa tradição. (CAMARGO, 2005, p. 17)


Outra importante contribuição nos oferece Luís Camargo, qual sejaa de que  fábulas podem sugerir interpretações diversas, e que podemos ao planejar uma sequência de atividades, suprimir a moral, se esta estiver explícita, para que os alunos possam ser instigados para construir suas próprias teses à respeito, proporcionando situações para que aqueles aprendam argumentar, contra argumentar, ouvir argumentações.
Portanto, a tessitura na qual estão inseridas as ações aprender, apreender, oportunizar(se) é vasta, aberta e sugere que somos convidados `a reflexão/(re)ação constantes, assim como Esopo deve ter construído o manancial que até hoje inunda nossas mentes e corações.

Referências:
CAMARGO, Luís. A narrativa na literatura de crianças e jovens. Boletim 21. Out 2005. Disponível em: http://cdnbi.tvescola.org.br/resources/VMSResources/contents/document/publicationsSeries/133321Anarrativa.pdf Acesso em: 07/07/2016


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