segunda-feira, 11 de setembro de 2017

 História, políticas públicas e PCD’s

Longa trajetória do atendimento da pessoa com deficiência, desde a pré-história até a atualidade, que carrega signos diversos como abandono, eliminação, inanição, exposição como seres excêntricos em circos, classificação como deficientes mentais, sujeitos a diferentes tratamentos médicos, degradação intelectual e neste caso sendo catalogados como cretinos, portanto submetido à segregação e esterilização e hereditariedade.
Ao mesmo tempo em que as pesquisas foram sendo realizadas nos campos da medicina, psicologia e pedagogia foram sendo realizadas adaptações no atendimento e análises das pessoas portadoras das “diferenças” detectadas conduzindo as políticas públicas no sentido de capacitar profissionais das áreas específicas e correlatas, porém, todo este movimento carece de informações a respeito dos diagnósticos, práticas pedagógicas que tem sido aplicadas junto aos sujeitos nas instituições públicas e privadas.
De acordo com Rodrigues (2008, p.9), as

 “pesquisas atuais têm mostrado que há uma tendência de professores e alunos de classes regulares em aceitarem a inclusão de crianças com deficiência; todavia, faltam informações sobre elas e suas condições, faltam informações sobre avaliação, faltam informações sobre práticas pedagógicas...” (Rodrigues, 2008, p.9)

Contudo, apesar deste lapso no que concerne ao arcabouço teórico e prático, é notável o esforço de algumas instituições de ensino regular em incluir os sujeitos com deficiência, apesar da ainda incipiente implementação da legislação robusta que foi sendo desenvolvida que tem como balizadores o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Declaração de Salamanca, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.
Conforme Rodrigues (2008, p.8),

“ainda que haja legislação que preconiza o atendimento às pessoas com deficiência, o mesmo não chega a 40% da população que necessita dos serviços especializados.”

É inegável que ainda há muito a ser feito no que tange ao acolhimento do contigente de pessoas com deficiência, porém há que se iluminar a discussão sobre o aparato físico das escolas, a formação continuada dos profissionais do sistema educacional e daqueles profissionais das áreas correlatas para que as análises e dados específicos possam conduzir novas ações capazes de atingir mais PCD’s.

Referências:
RODRIGUES. Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008. Disponível em: https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/2145137/mod_resource/content/3/1.%20Hist%C3%B3ria%20Geral%20do%20Atendimento%20%C3%A0%20Pessoa%20com%20Defici%C3%AAncia.pdf Acesso: 11/09/2017




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