Reflexões pertinentes ao Estágio Obrigatório PEAD/UAB/UFRGS 2019/01
Pensar como e para quê planejamos exige a pergunta fundamental, qual seja, para quem planejamos.
Quando se avizinhava o início dos primeiros arranjos com vistas ao Estágio Obrigatório, parte do Curso de Pedagogia à Distância (PEAD/UAB/UFRGS), a escolha do público para o qual o planejamento seria desenhado já estava feita, faltando somente a anuência por parte da Direção da Escola na qual leciono e aquela foi satisfatória.
A turma em questão é um 3º Ano e naquela lecionei no ano anterior, portanto sigo com os mesmos alunos que frequentavam o 2º Ano, somente havendo o acréscimo de alunos oriundos do 3° Ano de 2018, que foram retidos, por não terem avançado nas Hipóteses da Escrita.
Ao fazer a escolha de permanecer com a mesma turma, tinha em vista a intenção de prosseguir com o trabalho de incentivo à leitura e à escrita, através da leitura diária de diferentes gêneros textuais e com o apoio constante do livro didático, que faz parte do material escolar que as crianças têm disponível na Escola para o trabalho em sala de aula.
De acordo com Trinconi, Bertin e Marchezi (2014, pg. 334) apud PCN Língua Portuguesa, (1997, pg.30) Cabe, portanto à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e interpretá-los.”
Sabendo que, a maioria dos alunos carecem do acesso ao livro em suas residências, desde que iniciei com a turma no ano anterior, tenho feito escolhas que contemplam o livro didático, a oferta de livros de histórias para que levem para casa, de uma biblioteca organizada em sala de aula, para quê o livro seja um suporte conhecido por eles, por exemplo, como pesquisar no sumário um título, onde encontrar as referências à autoria e edição, o acesso aos diferentes gêneros textuais e o mais importante, a possibilidade de haver troca de opiniões, impressões, ideias sobre os mesmos títulos, pois estas habilidades desenvolvidas em grupo, favorece a escrita, que é um dos grandes desafios nos primeiros anos do Ensino Básico.
Ainda Trinconi, Bertin e Marchezi (2014, pg. 334) apud PRÓ-LETRAMENTO, fascículo 1, p.10
“De acordo com esses estudos (Psicogênese da língua escrita), o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio de correspondências entre grafemas e fonemas (a codificação e a decodificação), mas se caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de representação.”
Portanto, este foi o mote que me inspirou para iniciar o estágio e, aquele segue sendo o eixo norteador do meu trabalho como profissional e estudante.
Referências
BORGATTO. Ana Maria Trinconi. Ápis: letramento e alfabetização/ Ana Maria Trinconi Borgatto, Teresinha Costa Hashimoto Bertin, Vera Lúcia de Carvalho Marchezi. 2.ed. – São Paulo: Ática, 2014.
Ibid.
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