Territórios Negros: territorialidade
“[...]territorialidades se configuram no
cotidiano, nas práticas dos agentes no território habitado, que, neste sentido,
se configura sempre, em alguma medida, como território vivido, usado,
significado”. Ana Lucia Enne e Marina Dutra (2016) apud Rogério Haesbaert
(2004) e Milton Santos (1994)[i]
Indiscutivelmente,
o território é onde os indivíduos plasmam o cotidiano e o devir, através das
interações necessárias e inescapáveis que lhes garantam condições para produzir
a subsistência, dar vazão à criatividade e serem portadores de direitos e
garantias sociais.
Os
significados oriundos das interações irão gradualmente modelando o território e
deste movimento surge a territorialidade, que é o espaço físico circunscrito
por pessoas e a cultura que resulta das práticas vivenciadas.
De
acordo com Iosvaldyr Carvalho Bittencourt Junior Território Negro Urbano é
“[...]um espaço de construção de
singularidades socioculturais de matriz afrobrasileira que é afirmativo e, ao
mesmo tempo, é um objeto histórico de exclusão social em razão da expropriação
estrutural dos direitos sociais, civis e específicos fundamentais dos negros
brasileiros, o que faz existir uma constante resistência.” [ii]
Portanto,
os Territórios negros são resultado da tensão resultante das disputas pelos
direitos de ser e estar, de pertencer e inferir no espaço escolhido pelos
indivíduos ou imposto pelo Estado.
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