quinta-feira, 12 de outubro de 2017

                         Territórios Negros: territorialidade



 “[...]territorialidades se configuram no cotidiano, nas práticas dos agentes no território habitado, que, neste sentido, se configura sempre, em alguma medida, como território vivido, usado, significado”. Ana Lucia Enne e Marina Dutra (2016) apud Rogério Haesbaert (2004) e Milton Santos (1994)[i]



Indiscutivelmente, o território é onde os indivíduos plasmam o cotidiano e o devir, através das interações necessárias e inescapáveis que lhes garantam condições para produzir a subsistência, dar vazão à criatividade e serem portadores de direitos e garantias sociais.

Os significados oriundos das interações irão gradualmente modelando o território e deste movimento surge a territorialidade, que é o espaço físico circunscrito por pessoas e a cultura que resulta das práticas vivenciadas.

De acordo com Iosvaldyr Carvalho Bittencourt Junior Território Negro Urbano é



“[...]um espaço de construção de singularidades socioculturais de matriz afrobrasileira que é afirmativo e, ao mesmo tempo, é um objeto histórico de exclusão social em razão da expropriação estrutural dos direitos sociais, civis e específicos fundamentais dos negros brasileiros, o que faz existir uma constante resistência.” [ii]



Portanto, os Territórios negros são resultado da tensão resultante das disputas pelos direitos de ser e estar, de pertencer e inferir no espaço escolhido pelos indivíduos ou imposto pelo Estado.






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