terça-feira, 27 de dezembro de 2016



    Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo

       

             

Endereço:
Rua João Alfredo, 582 – Cidade Baixa – Porto Alegre
Contatos:
Telefone: (51) 3289 82752
Site: www.museudeportoalegre.com.br
Facebook: Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
Twitter: @museudeportoalegre
Visitação:
Segunda-feira: das 13h às 17h30
Terça-feira à sexta-feira: das 9h às 12h e das 13h às 17h30
Entrada gratuita
Visitas especializadas para público PNE, com necessidade visual e acessibilidade universal.
Mediações a visitantes individuais e grupos, sendo que no segundo caso deve ser agendado previamente pelo e-mail educativomuseudeportoalegre@gmail.com.
,Atividades educativas
 O Setor Educativo oferece visitas mediadas, tanto individuais quanto para grupos. A faixa etária atendida abrange desde alunos da educação Infantil até alunos do Ensino Médio. Há também o projeto Caixas de Memórias POA, as quais podem ser emprestadas às escolas para serem exploradas em sala de aula por até 15 dias.
 Outros dois projetos fazem parte do programa educativo, quais sejam, o Territórios Negros, parceria da Carris com o Museu e o Turismo Fazendo Escola, este sob os cuidados das Secretarias Municipais de Turismo e Educação.
 Além disso, o espaço é ocupado por fotografias, maquetes, objetos, vestuário, que compõem os acervos tridimensional, arqueológico e fotográfico e estes contam a história de Porto Alegre.
 Compõe ainda o leque de atividades o Acervo Arqueológico, composto por materiais pré-históricos e históricos, a Fototeca Sioma Breitman e um jardim arborizado e repleto de obras de arte, onde as pessoas em visitação ao Museu podem fazer atividades ao ar livre.

Referências:
http://museudeportoalegre.com.br/site/ Acesso: 27/12/16
Cida Aliano  cidaaliano@smc.prefpoa.com.br


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

                                   Fotografia e percursos

Indubitavelmente os comprovantes de memória docente são as fotografias, pois estas registram fatos elencados em um determinado momento e possibilitam o resgate das lembranças registradas naqueles artefatos.
No que se refere ao espaço escolar, os eventos escolhidos para terem o registro fotográfico, geralmente tem como mote mostrar aos pais que a escola promove atividades diversificadas para além das salas de aula, como também além- muros, deixando de lado as atividades cotidianas, pois a princípio estas seguem um mesmo padrão.
Entretanto, o registro das atividades cotidianas poderiam auxiliar nas discussões sobre metodologia, participação, aprendizagem coletiva e outros elementos fundamentais quanto à qualidade no que se refere à construção do conhecimento.
 Para exemplificar, ao trabalhar com o tratamento da água, dentro do projeto “Ciclo da água natural e urbano”, no ano de 2015, fotografei as diversas etapas do trabalho realizado com os alunos e depois apresentei para o corpo docente na reunião pedagógica e nesta salientei o quanto os alunos estavam envolvidos, felizes e satisfeitos. E estes sentimentos estavam expressos em suas fisionomias.
Ao mesmo tempo em que se deve fotografar o cotidiano com todas as nuances possíveis, também registrar eventos especiais dentro do calendário nos auxiliam como corpo docente, a elaborar uma linha do tempo e também analisar através das fotografias como reagem as crianças diante de diferentes provocações.
Portanto, fotografar e organizar um acervo para dele fazer uso tanto para rememorar, quanto para aprender é possível e necessário no âmbito escolar, tanto quanto na vida privada. De acordo com Felizardo; Samain (2007)



“Assim, como a palavra fotografia, que do grego significa a “escrita da luz”, a palavra memória também traz consigo traços de credibilidade, por evidenciar os fatos como se parecem, por mostrar os caminhos da lembrança.” (FELIZARDO, Adair; SAMAIN, Etienne, 2007, p. 210)



domingo, 11 de dezembro de 2016



  Territorialidade, Representação Social e Identidade





Indiscutivelmente, para discutir Identidade e Representação Social, é necessário que seja elencado também e complementarmente o território, pois é neste que se estabelecem as interações e destas resulta a cultura.
De acordo com Ana Lucia Enne e Marina Dutra (2016) apud Rogério Haesbaert (2004) e Milton Santos (1994), “territorialidades se configuram no cotidiano, nas práticas dos agentes no território habitado, que, neste sentido, se configura sempre, em alguma medida, como território vivido, usado, significado”.
Portanto, o indivíduo enquanto sujeito em diversas circunstâncias estará lapidando sua identidade e conforme Lícia Maria Vieira Vasconcellos e Vitor Nunes Caetano (2014), aquela “está sempre em construção, já que interage com as transformações vivenciadas no contexto social, responsáveis pela infinita produção de cultura(s).
Não só interage, mas contribui para viabilizar ações que abarquem outros sujeitos e este movimento é uma categoria social, qual seja, a representação social que segundo Vasconcellos e Caetano (2014) apud Jodelet (1989) é “uma forma de conhecimento, socialmente mais desenvolvido e compartilhado com projetos práticos e contribuindo para a construção de uma realidade comum ao grupo social
Ainda, de acordo com Vasconcelos e Caetano (2014), “as representações intervêm ainda em processos tão variados como a difusão e a assimilação de conhecimento, a construção de identidades pessoais e sociais, o comportamento intra e intergrupal, as ações de resistência e de mudança social”.
De tal forma que, uma cidade é composta por disputas advindas das ações de resistência diante da mudança social, que é determinada pela economia, geografia humana, mudanças ambientais, decisões dos gestores públicos, mobilidade urbana e outras.
Diante deste quadro, resultado da territorialidade, representação e identidade, cito o exemplo da construção de uma obra, considerada monumento pela sua magnitude e beleza arquitetônica, que é resultado de uma decisão governamental, que teve como mote a necessidade de ligar um ponto á outro da Capital do RS, no caso o Centro Histórico à Zona Sul, na época um arrabalde.
O monumento mencionado é o Viaduto Otávio Rocha, construído no século passado e que à época impactou a população das cercanias, pois uma das exigências para a obra iniciar era a desapropriação de alguns moradores ou comerciantes instalados.
Certamente houve episódios que renderam disputas, pois os habitantes das imediações da obra possuíam uma rotina na qual calcavam ações do cotidiano, resolviam suas necessidades imediatas baseadas na geografia de então, quer dizer, interagiam no espaço de acordo com as condições  oferecidas.
Visto que foi uma obra que acarretou alterações na dinâmica da sociedade porto-alegrense é importante conhecer a história que remonta ao século XIX.

História do Viaduto Otávio Rocha/Porto Alerge/RS
O Viaduto Otávio Rocha foi inaugurado em 1932. As obras começaram em 1926, durante o mandato do intendente Otávio Rocha (1924-1928), apesar de já estarem previstas no Plano Diretor de 1914. A decisão de abrir a Avenida Borges de Medeiros, ligando o Centro à Zona Sul da cidade, e construir o Viaduto foi de Otávio Rocha e do presidente do Estado, Borges de Medeiros. Naquela época, o número de porto-alegrenses não ultrapassava os 200 mil.
O projeto da Avenida Borges de Medeiros começou a ser pensado em 1926 com a participação do governador do Estado, Borges de Medeiros, objetivando conectar a zona sul ao centro de Porto Alegre.
Para concretizar a abertura da avenida foi necessário recortar o espigão que atravessa a área central, ocasionando uma descontinuidade na Rua Duque de Caxias, restabelecida através de uma passagem de nível - o Viaduto Otávio Rocha.
Em 1928 são efetuadas várias desapropriações, o trabalho de terraplanagem é iniciado e os projetos, executados pelos engenheiros Manoel Itaquy e Duilio Bernardi, são entregues.
O primeiro viaduto da cidade, tratado de forma monumental, foi inaugurado em 1932. Para os cidadãos da época a obra resumiu a imagem de uma  Porto Alegre moderna (Pesavento, 1991). Suas características arquitetônicas, bem como sua relevância sociocultural, levaram o município a inscrevê-lo no Livro Tombo sob o registro número 26, em 31 de outubro de 1988.

As obras de restauração ocorreram no ano de 2000 e 2001 e foram entregues em agosto deste último.
Em 19 de setembro de 2008, uma lei municipal determinou que o espaço público superior do Viaduto Otávio Rocha passasse a ser chamado de “Passeio das Quatro Estações”. Cada uma das quatro escadarias passou a ser identificada por placas com o nome das estações do ano:
— Passeio Verão – com início na Rua Jerônimo Coelho e fim na Rua Duque de Caxias, lado direito do Viaduto, no sentido norte-sul,
— Passeio Outono – com início na Rua Jerônimo Coelho e fim na Rua Duque de Caxias, lado esquerdo do Viaduto, no sentido norte-sul,
— Passeio Inverno – com início na Rua Duque de Caxias e fim na Rua Coronel Fernando Machado, lado direito do Viaduto, no sentido norte-sul,
— Passeio Primavera – com início na Rua Duque de Caxias e fim na Rua Coronel Fernando Machado, lado esquerdo do Viaduto, no sentido norte-sul.
Atualmente o Viaduto Otávio Rocha possui 34 lojas com diversas atividades, tais como lancherias, artesanato, discos-fitas, serviço de fotocópias, produtos para mágicos, relojoeiro, lotérica, artigos religiosos, barbearia, material fotográfico, uma loja da Agadisc, com CDs independentes de músicos gaúchos e uma loja da Etiqueta Popular, projeto da Smic de incentivo ao comércio de artesanato e confecções locais.

Este histórico é resultado de uma compilação feita a partir do site oficial da PMPA e de um artigo publicado no blog do Milton Ribeiro.  A ressalva se deve ao fato de que há informações importantes referentes à construção do Viaduto que não constam no histórico. Também, neste histórico não há referências á situação atual do Viaduto e estas são de suma importância, pois aquele está situado na região central da Capital, abriga inúmeros comércios e residências, centenas de pessoas circulam diariamente por este espaço e nos últimos anos o descuido do monumento é visível e aliado a este dado há uma população desassistida morando sob o vão das escadarias.
Por consequência esta área da cidade está abandonada, mal iluminada, suja, perigosa para todos que ali circulam e habitam tanto os que moram nas residências, na ocupação urbana Comunidade Autônoma Utopia e Luta,   quanto para os moradores de rua.
Se a interação da sociedade com seu espaço resultam em novos conhecimentos que podem contribuir para a realidade comum, o que está acontecendo?
Olhando por outro prisma, se as representações sociais resultam em ações de mudanças sociais e resistência, ficam as perguntas, há resistência? A mudança social não acolhe o morador de rua?
Dentre documentos, vídeos, entrevistas e outros selecionei alguns vídeos que iluminam o debate e talvez responda algumas destas questões que  aguardam respostas e atores.

Vídeos:




Vídeo 1: “A Construção do Viaduto Otávio Rocha” por Ronaldo Marcos Bastos. Ano 2013
Este vídeo remonta à época da iniciativa do Intendente José Montaury de alargar a Rua Gal Paranhos, hoje um trecho que compõe a Avenida Borges de Medeiros. Também faz alusão ao descaso da sociedade civil e dos gestores públicos pelo  monumento, por ele assim nomeado, Viaduto Otávio Rocha.


Vídeo 2: “ Ayres Cerutti e o Viaduto da Borges 1”. Ano 2013
Jornalista e produtor cultural, Ayres Cerutti aponta belezas e mazelas do ponto turístico que compõe o mapa da capital do RS.


Vídeo 3: “Insólitos | Sonhos e destinos dos moradores de rua” por Richard B. Günter .
Neste vídeo um grupo de estudantes de Jornalismo/PUC/RS, ano de 2013, acompanha moradores de rua que vivem nas cercanias do Viaduto Borges de Medeiros.


Vídeo 4: “Centro Histórico de Porto Alegre: viaduto Otávio Rocha, Avenida Borges de Medeiros” por Paula Oliveira. Ano 2013


Vídeo 5: “Cidadãos de Bem” por Clovis Inoue
Representação social e resistência. Protesto contra decisões arbitrárias e recorrentes sobre o preço das tarifas do transporte público. Ano 2013


Vídeo 6: “Viaduto Otávio Rocha: Vilson Quadros”, por defenderorgbr. Ano 2011
Sujeito e seu olhar sobre o espaço público. Ele, comerciante. Espaço: salas comerciais situadas no térreo da escadaria do Viaduto Otávio Rocha.




    Referências:






http://www.sul21.com.br/jornal/assentamento-em-predio-publico-de-porto-alegre-desafia-politica-habitacional/ Acesso: 11/12/2016

http://revistazcultural.pacc.ufrj.br/entre-conter-e-resistir-relacoes-entre-cultura-e-territorialidades/ Acesso: 11/12/2016

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016



Campo Multiplicativo

“Quantas duplas diferentes podemos formar na nossa turma?” A provocação feita pela professora Beta Costa, da Escola Ágora, em Cotia/SP citada na entrevista intitulada Multiplicação e divisão a toda hora, indicação da Interdisciplina Representação do mundo pela Matemática é tal qual a que faço sempre que a oportunidade se apresenta e aquela e outras como, “hoje estão presentes X alunos, quantos grupos de 4 participantes podem ser feitos?”, vão oportunizando situações para que os alunos consigam estabelecer relações entre os conceitos do Campo Aditivo com os conceitos do Campo Multiplicativo.


Além disso, solicito que representem graficamente os indícios que vão sendo explicitados no decorrer das situações-matemáticas apresentadas, porém alguns resistem, pois dizem que “está tudo na cabeça” e outros sentem dificuldade para realizar os apontamentos. Para mediar estas posturas, explico que preciso entender como estão encaminhando a resolução e se for necessário, orientá-los na utilização das propriedades matemáticas que já dominam.
Assim como demando que utilizem a representação gráfica enquanto estão tentando encontrar respostas para as questões propostas, também incentivo que usem o material concreto disponível em sala de aula e as “bases” que construímos desde que foi trabalhado o conceito de metade e assim por diante, até alcançar a “base 8”. Esta proposição é construída com a folha A4, primeiramente dividida em duas e depois todos os múltiplos deste até 8. Sobre estas bases trabalho a multiplicação e a divisão.
É inquestionável a semelhança entre as proposições, tanto da professora Beta, quanto da professora Josely Kühner Câmara, também entrevistada pela revista Nova Escola, esta responsável pela publicação da reportagem acima mencionada e as sugestões que citei, as quais são parte do planejamento. Os depoimentos das professoras reforçam minhas convicções fundadas na teoria de que o aprendizado deve ser construído pelo discente e para tanto há necessidade de experimentação constante.

Referência:
http://acervo.novaescola.org.br/matematica/pratica-pedagogica/multiplicar-dividir-tempo-todo-500574.shtml  Acesso: 08/12/2016




domingo, 27 de novembro de 2016

Apresentação
Iniciei a  carreira de professora dos Anos Iniciais logo que concluí a formação no curso de Magistério em 1982 e permaneci como tal até o ano de 1989, quando ocorreu o nascimento da primeira filha.
Durante alguns anos tive de adiar o retorno à função e o retorno ocorreu em 2014. Portanto, tenho de efetivo exercício 9 anos.
Quando iniciei trabalhei com as turmas de 2º ao 4º ano e atualmente permaneço nesta faixa, ou seja, 3º Ano que encerra o Ciclo de Alfabetização. 
A turma tem entre 8 e 11 anos, sendo que estes com idades entre 10 e 11 anos são repetentes há mais dois anos no mesmo ano. 
Sempre um desafio trabalhar no 3º Ano dos Anos Iniciais, pois exige um trabalho consistente para que @s alun@s possam progredir com autonomia e competentes para frequentar o 4º Ano.

Relato de Experiência
Há um jogo que proponho sempre que possível, pois aquele auxilia no cálculo mental e no desenvolvimento da autonomia, respeito e cooperação.
O jogo faz parte do compêndio produzido pelo MEC, para o PNAIC/2014.
Jogo: Para ou Arrisca? II
Material: 
- 2 dados comuns
- 1 folha de papel branco
-1 lápis preto
Participantes: 4 participantes
Regras:
- Cada jogador, na sua vez, lança os dois dados simultaneamente, registrado no papel a soma obtido. Após o primeiro lançamento, o jogador registra a soma dos dois dados e decide a se quer jogar mais vezes. Se optar por jogar novamente, deve estar atento para as seguintes situações:
* se sair números cuja soma é um número ímpar adiciona-se a soma ao valor anterior e pode continuar jogando se quiser, ou, se não quiser, passa a vez para o próximo jogador; 
* se sair o número 1 em um dos dados perdem-se os pontos daquela rodada e passa a vez;
* se sair o número 1 em ambos os dados ganha-se um bônus de 30 pontos.
* ganha o jogo quem primeiro atingir 120 pontos.







“Na briga do rochedo com o mar, quem leva a pior é o marisco.”

Aforismo que representa muito bem aquilo que percebemos/vivenciamos no cotidiano das instituições educacionais.
O rochedo são as leis, diretrizes, currículos e outros que de uma maneira geral engessam possibilidades de experimentações, pesquisas, observações, teses e o mar é todo manancial que “brota” das interações.

Entre o mar e o rochedo estão os(a) estudantes e os(a) professores(a), que de  maneira poética “tornam-se  areia sobre a qual outros grãos se sobreporão.
          
                                                 

           Pedaço de Brasil

          Um pedacinho do Brasil, este costurado como uma colcha de retalhos de vários matizes, sonoridades e texturas.
          Amar não exime da crítica.
          Construir um país requer que tod@s estejam cientes de suas responsabilidades e direitos.
          Uma sonoridade deste Brasil bonito, charmoso e corajoso.
          Que pedaço vc gostaria que estivesse na colcha Brasil?
                                                             Pedagogia da pergunta

Perguntas. Curiosidade. Provocações. Respostas. Pedagogia.
Minha curiosidade está soterrada pela certeza em ser parte da natureza, não como os índios sentem, pois não alcanço a sabedoria deste lindo povo, mas assim me sinto, portanto se nascemos de uma explosão cósmica, se a Galáxia à qual pertencemos é  única ou não, são questões que não mexem com minha imaginação. Somos responsáveis por este planeta porque somos o próprio.
No entanto, para responder à provocação feita no Fórum Pedagogia da Pergunta da Interdisciplina Representação do mundo pelas Ciências Naturais, após a leitura do texto magnífico de Paulo Freire e Antonio Faundez  fiquei espreitando meus meninos, alunos do 3º Ano. Alguns deles que adoram Ciências e volta e meia surpreendo-me com aqueles olhos lindos e brilhantes, como se com febre estivessem, vem me "perfurar" de perguntas. Aproveitei uma conversa sobre Universo, Galáxias e sentei-me perto deles e fiquei por ali me nutrindo de infância.  Até que Lucas professa:
 - Um meteoro colidiu com a Terra e um pedaço dela virou a Lua. Assim surgiu a Lua.
Perguntei (lembrando as perguntas que teríamos que fazer por solicitação da atividade acima citada):
- Se a Lua é um pedacinho da Terra, quais as características comuns entre ela e a Lua?
 - Ela (a Lua) não tem magma, nem rocha...
-Não sei muito bem se é isso. Respondeu repleto de dúvidas.
Conforme Antonio Faundes apud Paulo Freire (1985), “o início do conhecimento é perguntar. E somente a partir de perguntas é que se deve sair em busca de respostas...” Partindo deste princípio, instiguei os alunos que estavam participando do diálogo travado a partir da tese do Lucas, a procurarem respostas às questões que ficaram em aberto depois que houve a desestabilização da ideia sobre a formação da Lua.
Enfim, perguntar para desestabilizar e oferecer oportunidade para que o estudante possa construir o seu conhecimento é imprescindível no processo que engloba aprendizado e ensino, ou seja, aprende-se ensinando e ensina-se aprendendo.

Referência:

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

     
                                        Experimentando para entender e aprender

 A experiência realizada foi escolhida dentre as sugeridas em um site direcionado às crianças e este é resultado de um programa exibido e produzido pela Tv Cultura/SP.

Experiência: garrafa amassada
Material:
- garrafa de plástico com tampa de rosca
- funil
- água quente
-recipiente com água em temperatura ambiente
Procedimento: colocar um pouco de água quente na garrafa e fechá-la e em seguida coloca-la no recipiente com água




   A atividade foi apresentada oralmente aos alunos para que pudessem acompanhar as etapas com atenção, para tanto mostrei os materiais perguntando os nomes e em quais situações poderiam ser utilizados. Solicitei que observassem o formato da garrafa e provoquei:
- O que há dentro da garrafa?
- Nada professora!
- Tem sim, Idandiê! – Tem ar!
-Muito bem Maria Paula!
   Em seguida a garrafa recebeu água quente, foi tampada e mergulhada no recipiente.
   A primeira manifestação partiu da aluna que durante toda a experiência participou com muita atenção, vibração e elaboração de teses sobre o que estava observando, disse ela neste primeiro momento:
  - Professora! O fundo da garrafa desapareceu!
  A colega respondeu:
  - Que nada Luíza! Tá ali!
  - Sei que não, né! Mas parece porque a água de fora e de dentro tem a mesma cor.
  - "Dãaaaaa"!!  Disse Eduardo. – A água não tem cor é incolor.
  Esse foi o diálogo inicial e deste momento em diante a turma começou a conversar sobre o que estava acontecendo e percebi que alguns alunos não se interessaram mais e deixaram de observar. Respeitei o momento deles e dos que estavam interessados, somente solicitei que permitissem que continuássemos com o trabalho sem que fôssemos perturbados com conversa em voz alta e fui atendida.
 Segui as provocações para que aqueles que se interessaram pudessem aproveitar e perguntei:
 - Aconteceu alguma mudança na garrafa ou no recipiente?
 - Tem uma fumacinha na garrafa onde não tem água.
 E não tinha antes? –perguntei.
 -Não.
 Tirei a garrafa da água e os que estavam observando começaram a falar o que estavam vendo:
  - Olha! Ela mudou!
 - A garrafa está com cintura.
 - Está amassada!
 - Mas o que houve? Está diferente de quando foi mergulhada? Perguntei.
 - Tá professora. Quando entrou na água estava normal e agora está assim... com a cintura.
 -Professora. Deixa eu falar.
 -Fala Luiza.
 -Olha professora. Eu não sei explicar.
 -Explica do jeito que você pensou.
 - Assim. A água que está fora empurrou a garrafa e água que está dentro também empurrou. Onde não tem água não teve nada de força e ali onde divide ficou marcado.
 -É! Formou a cintura. Disse a Maria Paula
 E seguimos mais um pouco para que pudessem falar sobre o que observaram.
 Comentei que eles haviam elaborado uma tese importante sobre o “amassamento” da garrafa, qual seja, as forças existentes dentro e fora da garrafa.
 Constatei o quanto é necessário fazer mais experiências em sala de aula para que aqueles que se desinteressaram possam ter oportunidade de observar, pois certamente mudando o estímulo outros despertarão o interesse.
 Também foi possível entender como as crianças são influenciadas umas pelas outras ainda e o quanto precisamos intervir para que busquem suas explicações sobre os fatos.


domingo, 13 de novembro de 2016

Ciências e vida sustentável

    Sem dúvida alguma, as ciências são ferramentas indispensáveis na preservação do meio ambiente, consequentemente da vida sustentável.
Para exemplificar o quanto a ciência deve estar a serviço da sustentabilidade, cito a manchete veiculada em um site:



    Da mesma forma, outra publicação reitera e reforça a necessidade do conhecimento consolidado fornecer bases factíveis para que uma comunidade permaneça e preserve seu local de origem. Confira:




    Sob o ponto de vista das ciências as citações acima demonstram que através da pesquisa sobre a área preservada pode-se fazer planejamentos que visem à continuidade das ações que têm conseguido manter a cobertura vegetal original da Mata Atlântica, assim como preparar projetos que possam constituir um arcabouço legal e conferir legitimidade aos atuais moradores da região, que no caso específico são povos indígenas e com tal têm sido constrangidos a abandonarem seus espaços ancestrais em função de posseiros e grileiros. De outro ponto de vista, destacando a segunda citação, veremos a ciência jurídica afirmando que a CF/88 assegura e entende que a terra é a base da cultura e espaço de preservação ambiental dos povos tradicionais.


    Portanto, as ciências devem ser construções humanas que capacitem a sociedade para manter o equilíbrio necessário para a manutenção da vida no planeta.

Referências:
http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2013/05/pesquisa-indica-que-terras-indigenas-contribuem-para-preservacao-da-mata-atlantica-3430.html Acesso: 13/11/2016

http://www.palmares.gov.br/?p=19123 Acesso: 13/11/2016

http://www.cpisp.org.br/indios/upload/editor/files/Terrasestudadas(1).pdf Acesso: 13/11/2016





                                                            Operações aritméticas, técnicas e tecnologias

Antes de tudo registro que a leitura Técnicas e tecnologias no trabalho com as operações aritméticas nos anos iniciais do ensino fundamental, escrito por Bittar, Freitas e Pais (2013), ofereceu o embasamento que eu necessitava para aprofundar estudos e planejamentos no que tange ao conhecimento de como e porque trabalhar valor posicional para posteriormente introduzir as operações que compõem os campos aditivo e multiplicativo.
Segundo Bittar, Freitas e Pais (2013, p.27) “o valor posicional dos algarismos tem papel fundamental na materialização da operação”.  Da mesma forma como foi preconizado pelos autores, desenvolvo desde o início do ano atividades para que o algarismo seja compreendido pelo aluno como um símbolo e no decorrer do trabalho ofereço, através de material manipulativo e quadro valor de lugar, situações para que eles possam construir o número partindo daquele conhecimento, pois somente desta forma haverá a compreensão do sistema de numeração decimal pelos indivíduos.
Assim procedendo insiro, através de uma situação-problema, a oportunidade de desafiá-los para que resolvam a operação de adição e subtração, nesta ordem, uma de cada vez e em dias diferentes.  Aguardo o inicio do desconforto e das perguntas e indago: - quantas unidades “cabem” na ordem das unidades? E quantas na ordem das dezenas? E sigo atendendo e estimulando para que usem seus QVL (individual).
Enquanto fazem as tentativas, solicito que anotem o que pensam para resolver a questão e para que eu possa acompanhar e intervir quando necessário. Essa etapa para alguns é bem demorada, pois alegam que “está tudo na cabeça” e por este motivo é mais difícil escrever. Nestes momentos auxílio perguntando o que pensaram e acompanho as anotações que ao longo do tempo vão se tornando mais claras e objetivas.
Ao mesmo tempo, quer dizer, no período no qual desenvolvo este trabalho, oportunizo que continuem usando a composição e decomposição dos números aplicando-os para resolver as operações, tanto de adição quanto de subtração.
Assim sendo, sigo o trabalho priorizando o uso do material que os auxilia a concretizar o número e resolver as operações que exigem reagrupamento e reserva, planejando atividades variadas e diferentes situações-problema que estimulem o raciocínio.

Referências:
BITTAR, Marilena; FREITAS, José Luiz Magalhães; PAIS, Luis Carlos (2013) 
https://moodle.ufrgs.br/pluginfile.php/1713665/course/section/1269824/bittar_freitas_pais_cap1.pdf Acesso: 13/11/2016




sexta-feira, 11 de novembro de 2016

              


                Relatório sobre a aplicação do Jogo Pense Rápido
Inicialmente apresentarei o objetivo do jogo, qual seja, responder o mais rápido possível a multiplicação. Este objetivo visa preparar as crianças para as atividades que envolvam a multiplicação de um até nove, oferecendo a elas oportunidade lúdica de realizar cálculo mental e enfrentamento das dificuldades inerentes aos jogos.
Realizei a atividade em sala de aula logo após ter elaborado o jogo Pense Rápido. Solicitei que a turma fizesse o cálculo de quantas duplas de alunos poderíamos obter no dia da aplicação. Feito isso a turma se organizou, utilizando o critério da lista de chamada para montar a duplas, desta vez, do primeiro com o último e assim por diante.
Organizada a turma, entreguei para cada participante o material que foi elaborado no início do ano, o qual contém cartinhas com os algarismos e cada algarismo formando as dezenas e centenas (material utilizado várias vezes no ano). Separadas as cartas com os algarismos, solicitei que organizassem quem iria iniciar o jogo e anotassem em seus cadernos o nome do jogo e deixassem espaço separado para anotar os pontos.
Em posse do material e escolhido o primeiro para iniciar, solicitei que prestassem atenção à explicação do objetivo do jogo e das regras.
Após a explicação uma aluna solicitou que eu explicasse novamente. Perguntei o que não havia entendido e ela disse que não entendeu o que deveria fazer. Perguntei qual dos colegas gostaria de explicar e vários levantaram o braço. Pedi para a aluna que perguntou escolher um dos colegas que se ofereceram. Feita a escolha, o colega explicou vindo até a carteira da dupla à qual a aluna fazia parte.
Perguntei se havia entendido. Ela respondeu que sim.
Solicitei que iniciassem o jogo, lembrando que deveriam manter a voz baixa, pois sempre que jogam ficam muito alegres e na distração começam a falar muito alto.
O início do jogo foi tranquilo. No decorrer começaram a surgir os dilemas, quais sejam uma aluna “copiando” a resposta de uma tabuada que estava embaixo da carteira, outro aluno que não queria mais jogar, pois o colega estava acertando tudo, uma dupla discutindo porque estavam dizendo o resultado ao mesmo tempo. A mediação foi feita pontualmente e somente o caso do menino que não estava conseguindo responder resultou em uma alteração no formato do jogo, especificamente desta dupla com a anuência do colega em posição favorável. Trocamos do campo multiplicativo para o campo aditivo, ou seja, passaram a somar os algarismos.
Assim transcorreu a atividade até o limite do tempo oferecido. As atividades que envolvem jogos tem um tempo reservado entre 30 e 45 minutos e neste dia utilizamos 30 minutos.
Jogo aplicado em uma turma de 3º Ano

                                    Pense rápido (variação do jogo Faça 10)

Objetivo: falar em primeiro lugar o resultado da multiplicação
Material: um conjunto de cartas de 1 até 9 para cada participante; papel, lápis
Participantes: 2
Como jogar: cada participante embaralha suas cartas e vira-as para baixo.  O primeiro a jogar vira a carta que está em cima da pilha e a coloca no centro da mesa. Na sequência o segundo participante vira a sua e coloca próxima à anterior. O primeiro que disser o resultado ganhará um ponto e ficará com as cartas da vez do seu lado para conferência dos pontos no final da rodada que encerrará quando todas as cartas tiverem sido usadas. O jogo terminará no prazo combinado pela dupla. Vencerá o que fizer mais pontos. Em caso de coincidência de enunciado do resultado, os dois participantes ganham um ponto respectivamente.



                                            Estudo e pesquisa: exigência docente        Ensejando a continuidade dos estudos e porvent...